"Um único passo. Eis o componente mais básico da corrida. Não há nada demais nisso. Correr é só dar um passo após o outro. Mas já pensou em quantas vezs você pede para seu corpo reperir essa simples ação durante uma corrida? A seguir, um pouco de matemática para abrir seus olhos.
Um corredor comum percorre de 0,70m a 1,3 a cada passo. Isso resulta em um cerca de mil a 2 mil passos por 1,5 km. Em uma corrida típica de 8 km, cada perna terá se movimentado de 2,5 mil a 5 mil vezes. Então, um corredor que percorre 8km 5 dias por semana irá apoiar-se em cada perna de 650 mil a 1 milhão e 300 vezes ao ano. Esse cálculo é apenas para alguém que percorre 40 km por semana. Um corredor treinando para uma maratona e percorrendo 80 km por semana facilmente tocará no solo, por perna, masi de 2 milhões de vezes a cada ano.
Ao longo de toda sua vida de corredor, quantas vezes cada uma de suas pernas irá tocar o solo? Bem, você sabe o quanto ocorreu a vida toda, então faça as contas. É comum um corredor de carreira ter dado dezenas de milhões de passos, literalmente.
Um pouco chocante, não? Analisando dessa forma, não é surpresa ver que a maioria dos corredores sofrerá alguma lesão no final das contas. De fato, os pesquisadores estimam que as lesões atinjam de 25% a 50% de todos os corredores, por ano.
As lesões típicas de corrida não são iguais as do futebol ou do esqui. Metade dos corredores sofre lesões todo ano, mas a maioria não tem de ficar engessado. Definitivamente, as lesões de corrida são menos graves, porém mais insidiosas. Muitas lesões de corrida são sequer perceptíveis ao andar ou ao fazer outras atividades corriqueiras. Elas só se fazem quando você começa a correr. Em corrida, as lesões se originam principalmente naqueles pequenos passos - naqueles milhões de pequenos passos - somando-se às forças que, a certa altura, agravam algum elo da corrente estrutural que forma a marcha na corrida. Outros fatores que contribuem para a ocorrência de lesões incluem a maneira como o corpo se adapta ao desgaste, ao peso de cada pisada e à força muscular necessária para colocar um pè após o outro em um trote.
EQUAÇÃO DA LESÃO
EXCESSO DE USO: Roger Kram, Ph.D., dedicou a vida ao estudo da pisada humana, comparando-a com o gingado do pinguim e a pisada do elefante. O dr. Kram é professor de cinesiologia e de fisiologia aplicada na Universidade de Colorado, em Boulder, e sua pesquisa sobre biomecânica - literalmente, como o corpo se movimenta - o levou ao estudo extensivo de corredores de longa distância.
O dr. Kram explica o fenômeno das lesões crônicas em corrida, também chamadas de lesões por excesso de uso, desta forma: "Enquanto esforços maiores tendem a causar mais lesões, a maior parte das lesõe típicas da corrida é causada por esforços pequenos, mas "errados", que são repetidos múltiplas vezes".
Em suas aulas, o dr. Kram pde para que os alunos arranhem a parte de trás da mão com a unha. Sem problemas. Depois, ele pede para os alunos arranharemnovamente, dessa vez, com força. Dói um pouco, mas não é nada demais. Por fim, ele pede que os alunos arranhem levemente de novo, mas que repitam essa ação durante 1 minuto. A essa altura. "começa a sangrar", diz o dr. Kram.
Esforço pequeno, muitas repetições - aí está uma lesão por excesso de uso. Qualquer movimento leve que envolva esfregar, puxar ou esticar - mas que seja multiplicado muitas vezes - pode prejudicar o tecido muscular, o tecido conectivo e até o osso. Tais lesões normalmente mandam um aviso de perigo. Surge uma pequena dor, que vai crescendo com o tempo, até chamar a atenção. Quanto mais cedo o corredor reconhece o problema como algo que precisa ser tratado, melhor para ele, pois a lesão permenecerá pequena. É por isso que é de vital importância que os corredores se aperfeiçoem na arte de "escutar" o que o corpo diz."
Um corredor comum percorre de 0,70m a 1,3 a cada passo. Isso resulta em um cerca de mil a 2 mil passos por 1,5 km. Em uma corrida típica de 8 km, cada perna terá se movimentado de 2,5 mil a 5 mil vezes. Então, um corredor que percorre 8km 5 dias por semana irá apoiar-se em cada perna de 650 mil a 1 milhão e 300 vezes ao ano. Esse cálculo é apenas para alguém que percorre 40 km por semana. Um corredor treinando para uma maratona e percorrendo 80 km por semana facilmente tocará no solo, por perna, masi de 2 milhões de vezes a cada ano.
Ao longo de toda sua vida de corredor, quantas vezes cada uma de suas pernas irá tocar o solo? Bem, você sabe o quanto ocorreu a vida toda, então faça as contas. É comum um corredor de carreira ter dado dezenas de milhões de passos, literalmente.
Um pouco chocante, não? Analisando dessa forma, não é surpresa ver que a maioria dos corredores sofrerá alguma lesão no final das contas. De fato, os pesquisadores estimam que as lesões atinjam de 25% a 50% de todos os corredores, por ano.
As lesões típicas de corrida não são iguais as do futebol ou do esqui. Metade dos corredores sofre lesões todo ano, mas a maioria não tem de ficar engessado. Definitivamente, as lesões de corrida são menos graves, porém mais insidiosas. Muitas lesões de corrida são sequer perceptíveis ao andar ou ao fazer outras atividades corriqueiras. Elas só se fazem quando você começa a correr. Em corrida, as lesões se originam principalmente naqueles pequenos passos - naqueles milhões de pequenos passos - somando-se às forças que, a certa altura, agravam algum elo da corrente estrutural que forma a marcha na corrida. Outros fatores que contribuem para a ocorrência de lesões incluem a maneira como o corpo se adapta ao desgaste, ao peso de cada pisada e à força muscular necessária para colocar um pè após o outro em um trote.
EQUAÇÃO DA LESÃO
EXCESSO DE USO: Roger Kram, Ph.D., dedicou a vida ao estudo da pisada humana, comparando-a com o gingado do pinguim e a pisada do elefante. O dr. Kram é professor de cinesiologia e de fisiologia aplicada na Universidade de Colorado, em Boulder, e sua pesquisa sobre biomecânica - literalmente, como o corpo se movimenta - o levou ao estudo extensivo de corredores de longa distância.
O dr. Kram explica o fenômeno das lesões crônicas em corrida, também chamadas de lesões por excesso de uso, desta forma: "Enquanto esforços maiores tendem a causar mais lesões, a maior parte das lesõe típicas da corrida é causada por esforços pequenos, mas "errados", que são repetidos múltiplas vezes".
Em suas aulas, o dr. Kram pde para que os alunos arranhem a parte de trás da mão com a unha. Sem problemas. Depois, ele pede para os alunos arranharemnovamente, dessa vez, com força. Dói um pouco, mas não é nada demais. Por fim, ele pede que os alunos arranhem levemente de novo, mas que repitam essa ação durante 1 minuto. A essa altura. "começa a sangrar", diz o dr. Kram.
Esforço pequeno, muitas repetições - aí está uma lesão por excesso de uso. Qualquer movimento leve que envolva esfregar, puxar ou esticar - mas que seja multiplicado muitas vezes - pode prejudicar o tecido muscular, o tecido conectivo e até o osso. Tais lesões normalmente mandam um aviso de perigo. Surge uma pequena dor, que vai crescendo com o tempo, até chamar a atenção. Quanto mais cedo o corredor reconhece o problema como algo que precisa ser tratado, melhor para ele, pois a lesão permenecerá pequena. É por isso que é de vital importância que os corredores se aperfeiçoem na arte de "escutar" o que o corpo diz."
Fichamento realizado pela professora André Elaine Sechini do livro Guia de Prevenção e Tratamento de Dores e Lesões - Editora Gente - autora Dagny Scott Barrios.
Aprofunde seus conhecimento sobre a corrida no próximo post.
Aprofunde seus conhecimento sobre a corrida no próximo post.
Nenhum comentário:
Postar um comentário