Reli alguns trabalhos que fiz no passado sobre esse tema e fiz alguns apontamentos. Aqui estão: O autor João Paulo Subirá Medina, no livro O BRASILEIRO E SEU CORPO: EDUCAÇÃO E POLÍTICA DO CORPO, diz: "O corpo é apropriado pela cultura. Vai sendo cada vez mais um suporte de signos sociais. É modelado como projeção do social. As instituições assumem seu papel. Como dizem, é necessário a preparação (do corpo) para o convívio em sociedade. É preciso aprender as regras sociais. Começa a divisão. Começa a educação. O corpo da criança vai sendo violado por um conjunto de regras sócio-econômicas que sufoca, domestica, oprime, reprime, “educa””. O antropólogo Roberto da Matta confirma: “tenho inscrito no meu corpo a cosmologia da própria sociedade”. Durante a renascença o ideal de beleza feminina era de corpo mais voluptuoso, bem diferente do padrão esquálido exibido por muitas revistas da moda. Um corpo forte e torneado já esteve associado a trabalhos braçais em muitos períodos históricos. Há inúmeros exemplos, de como a concepção e ideal físicos se modificam segundo regiões e períodos históricos. Assim, pode-se considerar que a influência do social no pessoal é um fator existencial determinante na forma como vivenciamos e transformamos nossos corpos. Um educador físico culto e preparado deverá ter um bom conhecimento do universo cultural do grupo com o qual pretende trabalhar, do contrário não conseguirá se comunicar de forma eficaz com o grupo, nem propor atividades significativas para eles.
Um abraço a todos
Andréa Elaine Sechini
Andréa Elaine Sechini
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