Eu mesma tive uma experiência muito profunda e inesquecível em uma aula de capoeira. Na ocasião eu era a única menina e o único indivíduo de cor branca em uma roda de capoeira na periferia de São Paulo. Lembro-me que cheguei na primeira aula assustada e achando tudo aquilo estranho. O mestre chama-se "Fumaça", fiquei parada olhando para ele e esperando pela primeira lição, afinal eu queria era começar a jogar. Tudo parecia divertido e excitante. Daí, o mestre veio com uma vassoura velha na mão e me deu e disse: - Hoje você só vai varrer e depois ficar olhando o jogo. Eu fiquei chateada e não varri muito bem, depois eu disse para o mestre que a vassoura era muito velha e ruim. Ele respondeu, que para caleiro ruim não existe cavalo bom, e que eu deveria ter me esforçado mais, deveria ter feito o meu melhor. Nunca esqueci disso. Já faz tanto tempo, mas nas situações difíceis da vida, mesmo com poucas ferramentas, às vezes com poucos recursos, eu me esforço para fazer o melhor, dar o melhor de mim. Isso já muita diferença em minha vida. Aprendi com um mestre de capoeira. Eu não segui com a capoeira, mas segui com esse ensinamento. Por isso, acredito de verdade que não é o que se ensina, mas como e porquê se ensina que faz a diferença. Podemos ensinar sobre o respeito vida e seus valores em um jogo de xadrez, nas lutas, no handebol, na dança de rua e em tudo que tivermos oportunidade. Depende muito de nós. O Brasil precisa de pessoas de boa vontade. Precisa de pessoas interessadas em pessoas!
Abraços a todos vocês!!!
Abraços a todos vocês!!!
Que lindo post! Não se pode trabalhar com pessoas se não amá-las.
ResponderExcluirEstou com muita saudade
beijo
Sandra