terça-feira, 3 de maio de 2011

Por que a maior frequência de rupturas acomete o quarto e quinto discos lombares?


"As quarta e quinta vértebras lombares estão fixadas ao osso ilíaco da pelve através de resistentes ligamentos. A quarta vértebra lombar se localiza logo acima da linha pélvica e é fixada, transversalmente, pelo ligamento éleo-lombar, conservando certa mobilidade. A quinta vértebra se apoia sobre a plataforma óssea do sacro, localiza-se entre as asas ilíacas e é fixada a elas pelo ligamento transverso. Isso lhe confere uma estabilidade mais rígida. Essa diferença de estabilidade possivelmente seja a explicação mecânica da maior prevalência das desidratações, rupturas, e hérnias discais nesses níveis da coluna vertebral. Assim é nesses discos intervertebrais que ocorrem lesões com mais frequência. Esses pontos de apoio da base vertebral correspondem aos de rutura mais frequentes e variam  conforme as dimensões corporais dos indivíduo.
Toda e qualquer ruptura alterará a sustentação verbral, que se tornará mais vulnerável, acarretando danos irreversíveis a todo o edifío vertebral, inclusive e principalmente na curva lombo-sacra e cervical, por serem móveis e propensas a se adptar à nova posição adquirida, após ocorrer a lesão. Podemos comparar a rachaduras e fissuras que se sucederão nas paredes do edifício. A cada uma delas corresponde uma cirse de dor regionalizada conforme o território da lesão.  Teremos uma crise dolorosa lombar ou ciática se a lesão for na região lombar, e dor cervical, nuca ou braquial se a lesão estiver ocorrendo na curva cervical. Essas crises dolorosas soam como o disparar de um alarme de aviso e são geralmente acompanhadas de contraturas musculares que desalinham temporariamente o eixo vertical vertebral. O alarme é desencadeado pela formação de um processo químico inflamatório que acompanha a lesão tecidual ocorrida. Compromete, assi, a estabilidade, função e forma do edifício vertebral, torre central de comando do corpo."

fonte: fichamentos realizados pela Professora Andréa Elaine Sechini do livro  Coluna Vertebral: Segredos e mistérios da dor  Por Antonio Quintanilha

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